24 de fev. de 2008

Redescoberta

Ah... saudade de fada é uma emoção indescritível!

Sentir falta de sensações despertadas na infância, dos odores adocicados da padaria da esquina, do café coado em saco de pano, de mato molhado pela manhã, da feijoada na lenha, do bolinho-de-chuva que aquecia as tardes chuvosas durante as Sessões da Tarde com filmes bobinhos que faziam a infância ser feliz.

Ah... daquele amor platônico da adolescência, do frisson do primeiro dia de aula, dos bailes recém-descobertos onde a paquera imperava, dos grupos de dança ensaiada, das novidades do corpo em transformação, das idas à praia com as amigas, dos primeiros concertos clássicos na Sala Cecília Meireles e dos sobrinhos que vieram renovar a minha família. Quanta saudade!!!!

Ah, e depois de tantas descobertas, de tantas novidades, tantas transformações e até mesmo separações, esta Fadinha está emocionalmente revivendo as mesmas emoções, num pós-adolescer que só seres místicos se permitem.

Olhar com olhos renovados, sentir tudo à flor da pele, aguçar o olfato, imaginar e sonhar com espírito livre, eis o exercício diário desta Fada...

Redescobrir!

Saber ser feliz nas pequenas coisas, eis a ecologia maior.

Harmonia e satisfação fazem o dia-a-dia da Fada ser equilibrado.

Estou num momento mágico. A natureza que me rodeia aceita meu louvor revelando sua exuberância e me amparando.

Enfim, sou Fada.

Ah...


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