Mostrando postagens com marcador Pensamentos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pensamentos. Mostrar todas as postagens

24 de fev. de 2008

Redescoberta

Ah... saudade de fada é uma emoção indescritível!

Sentir falta de sensações despertadas na infância, dos odores adocicados da padaria da esquina, do café coado em saco de pano, de mato molhado pela manhã, da feijoada na lenha, do bolinho-de-chuva que aquecia as tardes chuvosas durante as Sessões da Tarde com filmes bobinhos que faziam a infância ser feliz.

Ah... daquele amor platônico da adolescência, do frisson do primeiro dia de aula, dos bailes recém-descobertos onde a paquera imperava, dos grupos de dança ensaiada, das novidades do corpo em transformação, das idas à praia com as amigas, dos primeiros concertos clássicos na Sala Cecília Meireles e dos sobrinhos que vieram renovar a minha família. Quanta saudade!!!!

Ah, e depois de tantas descobertas, de tantas novidades, tantas transformações e até mesmo separações, esta Fadinha está emocionalmente revivendo as mesmas emoções, num pós-adolescer que só seres místicos se permitem.

Olhar com olhos renovados, sentir tudo à flor da pele, aguçar o olfato, imaginar e sonhar com espírito livre, eis o exercício diário desta Fada...

Redescobrir!

Saber ser feliz nas pequenas coisas, eis a ecologia maior.

Harmonia e satisfação fazem o dia-a-dia da Fada ser equilibrado.

Estou num momento mágico. A natureza que me rodeia aceita meu louvor revelando sua exuberância e me amparando.

Enfim, sou Fada.

Ah...


10 de abr. de 2007

Trem da vida

Li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada.Interessante, porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques...

Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão conosco a viagem até o fim: nossos pais.

Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinho, proteção, amor e afeto.

Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantesque virão ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e amores.
Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas.

E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe.
Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer esta viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles.
O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.

Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas,embarques e desembarques.

Sabemos que esse trem jamais volta. Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso.

Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá.
O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico
pensando: quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim. Deixar meus
filhos viajando sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim dolorido.
Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estaçãoprincipal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinhamquando embarcaram.

E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.
Agora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas.
Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade...

Quem entrará? Quem sairá?

Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não como o término de uma história, mas o começo de uma história nova.
Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar.
Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de "todos os passageiros".

Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado,em alguns momentos, com certeza, o vagão é o mesmo!

31 de mar. de 2007

Impressões

Na noite cálida, a Fada diáfana sente a saudade em sua alma...

Sente a pequenina dor, melancólica, da lembrança de um abraço fugidio que recebeu em outros sonhos... em uma floresta distante, além-montanhas...

Os dois céus que refletem a vida colorida da Floresta ficam turvos, esmaecidos com a dor que ela sente...

Relendo antigos bilhetes, revendo antigos sonhos, sentindo antigos desejos, viu-se repleta da esperança que lhe escapou entre os dedos, da realização que não houve!

Será que foi o medo de arriscar-se que o afugentou?
Será que entregar-se totalmente era demais naquele momento?
Deixar-se conhecer, nas fragilidades e calcanhar-de-Aquiles, seria tão temerário assim?

A Fada, sensível, respeitou o medo alheio, deu espaço para a incerteza temerosa e, aparentemente, se conformou com seu infortúnio...

Ela vaga por florestas estranhas, tentando rever seu sonho em cada criatura que cruza seu caminho, mas a cada engano, a cada tropeço, mais se retrai e desacredita na divina entrega que vislumbrou.

Ah, essa busca desenfreada pela magia, pelo entrelaçar das mentes irmanadas no sentir, a faz sofrer diariamente...

Mas fica o sentimento despertado em longínquas madrugadas mágicas de entrega mútua, e que se esvai nas lembranças que lhe marejam os olhos e lhe nublam os céus de saudade...

Oh... Refaz o encanto, seja destemido e desfrute, sem medo, da magia que te lancei!

Vem, enche meus céus de azul, novamente límpidos, na certeza da Floresta Encantada se colorindo, a nos envolver!

Ah, Elfo...