Que brota, independente,
Permeando meus olhos das imagens
Do teu ressonar
Do som da intimidade partilhada...
Do colarinho suado,
Do cheirinho de recém-nascido
Que, na tua maturidade,
Aprendi a reconhecer como de um filho esperado.
As marcas ácidas do teu passado
Imprimem na minha alma
As dores que queria minhas
Mas que fazem de ti
O menino corajoso de que me orgulho.
Nas filosofias da aurora,
Nas conversas fora de hora,
Na entrega mútua em que nos damos,
No vácuo em que pairamos,
Enquanto nossos suores se misturam
E o respirar se torna um...
Nesta hora, neste preciso momento
Sinto que existe futuro!
Que a colcha de retalhos
Que cobriu nossa história
Serve apenas para emoldurar
Um horizonte nada convencional
Mas totalmente emocional,
Extremamente racional
E diariamente passional...
Nesta busca incessante
Da presença difusa
Nas estradas percorridas, nos fundimos
Até dormirmos exaustos,
Completados,
Entregues a planos e zelos
À promessas não ditas
À vida que nos espera
Para sermos, somente,
Autêntica e, meramente,
Um!
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