7 de nov. de 2007

Y(our) song


Nem sei como cantar esta pequenina canção

Que brota, independente,

Permeando meus olhos das imagens

Do teu ressonar

Do som da intimidade partilhada...

Do colarinho suado,

Do cheirinho de recém-nascido

Que, na tua maturidade,

Aprendi a reconhecer como de um filho esperado.


As marcas ácidas do teu passado

Imprimem na minha alma

As dores que queria minhas

Mas que fazem de ti

O menino corajoso de que me orgulho.


Nas filosofias da aurora,

Nas conversas fora de hora,

Na entrega mútua em que nos damos,

No vácuo em que pairamos,

Enquanto nossos suores se misturam

E o respirar se torna um...


Nesta hora, neste preciso momento

Sinto que existe futuro!

Que a colcha de retalhos

Que cobriu nossa história

Serve apenas para emoldurar

Um horizonte nada convencional

Mas totalmente emocional,

Extremamente racional

E diariamente passional...


Nesta busca incessante

Da presença difusa

Nas estradas percorridas, nos fundimos

Até dormirmos exaustos,

Completados,

Entregues a planos e zelos

À promessas não ditas

À vida que nos espera

Para sermos, somente,

Autêntica e, meramente,

Um!

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