31 de mar. de 2007

Impressões

Na noite cálida, a Fada diáfana sente a saudade em sua alma...

Sente a pequenina dor, melancólica, da lembrança de um abraço fugidio que recebeu em outros sonhos... em uma floresta distante, além-montanhas...

Os dois céus que refletem a vida colorida da Floresta ficam turvos, esmaecidos com a dor que ela sente...

Relendo antigos bilhetes, revendo antigos sonhos, sentindo antigos desejos, viu-se repleta da esperança que lhe escapou entre os dedos, da realização que não houve!

Será que foi o medo de arriscar-se que o afugentou?
Será que entregar-se totalmente era demais naquele momento?
Deixar-se conhecer, nas fragilidades e calcanhar-de-Aquiles, seria tão temerário assim?

A Fada, sensível, respeitou o medo alheio, deu espaço para a incerteza temerosa e, aparentemente, se conformou com seu infortúnio...

Ela vaga por florestas estranhas, tentando rever seu sonho em cada criatura que cruza seu caminho, mas a cada engano, a cada tropeço, mais se retrai e desacredita na divina entrega que vislumbrou.

Ah, essa busca desenfreada pela magia, pelo entrelaçar das mentes irmanadas no sentir, a faz sofrer diariamente...

Mas fica o sentimento despertado em longínquas madrugadas mágicas de entrega mútua, e que se esvai nas lembranças que lhe marejam os olhos e lhe nublam os céus de saudade...

Oh... Refaz o encanto, seja destemido e desfrute, sem medo, da magia que te lancei!

Vem, enche meus céus de azul, novamente límpidos, na certeza da Floresta Encantada se colorindo, a nos envolver!

Ah, Elfo...

2 comentários:

Anônimo disse...

O Elfo veio em sonho dizer que ainda precisa vencer muitas batalhas antes de repousar no azul de mar que lhe pertence desde sempre. E pedir à Fada que mantenha sua Fé sempre inabalável.

Fada disse...

A esperança das fadas é a última que morre!
Plim, Plim