31 de dez. de 2006

Esperança


(Mário Quintana)


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocaremAtira-se
E
— ó delicioso vôo!


Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho,
para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Um comentário:

Ana Brum disse...

Estava inspirada, hein, Tia Lolo.
É seu esse poema, me pareceu que sim...
Muito lindo e profundo.
Parabéns!!!
Ah...a música também está ótima!
Muito SHOW seu blog.
Milhões de beijos e FELIZ ANO NOVO!!!